Sunday, October 15, 2006

E a ONU ? O nu perante os EUA !








O mundo caminha em direção a uma 3a Guerra mundial. E a ONU tem sim grande parcela de culpa nisso. Por tem pesos e medidas diferentes para os países que remam contra a maré imposta pelo País dela mandante, os Estados Unidos. Sim, também é verdade que a ONU faz também muitas, inúmeras outras ações ótimas visando a paz, mas o detalhe é que quando há interesse norte-americano na parada essa meta é colocada como segundo objetivo. Vejamos num passado recente, a ONU, alertada pelos Estados Unidos, enviou técnicos para investigação em território iraquiano afim de encontrarem suspostos laboratórios de material nuclear. Algo foi encontrado ? Não ! O Conselho de Segurança da ONU votou contra então uma ofensiva militar norte-americana pra cima do Iraque. Os Estados Unidos ligaram pra isso ? Não ! Invadiram e tocaram um F* para a ONU ? Sim ! O que a ONU fez como punição aos Estados Unidos por terem desobedecido um desejo do Conselho de Segurança ? Nada ! Pois bem, ajoelhe ONU ! Agora a Coréia do Norte que declaradamente tem poder nuclear faz testes.. ah... e é proibida pela ONU, por que ? Por que os Estados Unidos podem ter armas nucleares e a Coréia não ? O que faz do insano Estados Unidos um país sóbrio ? O que faz deste país de psicopatas, de adolescentes pertubados psicologicamente, burros por despreparo e desinteresse mundial um país justo ? O que faz dos Estados Unidos o país que pode ter essas armas ? Estou com a Coréia, se eles podem, eu também posso ! Daí, vem a ONU e impõe punições à Coréia por desrespeitar o desejo do Conselho de Segurança (afinal, Segurança de quem ? pra quem ?), e contrariar a proibição dos testes.
Vamos lá, seguem informações retiradas da "Folha de S. Paulo"

O texto que prevê as sanções foi redigido pelos Estados Unidos, mas no início houve desaprovação de russos e chineses.
Versões anteriores do texto, que previam medidas mais duras, foram barradas pela Rússia e pela China, que defendem uma resposta moderada às ambições nucleares norte-coreanas.
A resolução 1718 exige que a Coréia do Norte elimine completamente seu arsenal nuclear, mas nega a possibilidade de uma ação militar contra o país --de acordo com uma exigência da China e da Rússia.

Ficam banidas a importação e exportação de materiais e equipamentos que possam ser usados para fabricar armas nucleares ou mísseis balísticos.
A resolução exige ainda que todos os países congelem bens de pessoas que colaborem com o programa de armas da Coréia do Norte.

Os Estados Unidos, no entanto eliminaram a proibição total à venda de armas convencionais (É claro !! São eles mesmo que vendem. Os Estados Unidos cegos pela ganância, não querem deixar de vender armas mesmo aos seus inimigos !)
Alternativamente, a resolução embargou apenas o comércio de equipamentos pesados como tanques, navios de guerra, aviões de combate e mísseis.
Foi "solicitado" também que os países inspecionem a carga que entra e sai da Coréia do Norte de forma a impedir o tráfico ilegal de armas de destruição em massa e mísseis balísticos. No texto da resolução, a palavra "decide" foi trocada por "solicita", de forma a aliviar a sanção que não agradou a chineses e russos.
Agora é que vem o perigo ! Veja o que respondeu a Coréia do Norte

Na quinta-feira (12), a Coréia do Norte ameaçou realizar mais testes nucleares e tomar "medidas físicas" contra os EUA caso prossigam as "atitudes hostis".
"Se os EUA pressionarem nosso país, insistindo em nos prejudicar, tomaremos medidas físicas", informou o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano em um comunicado.
O governo não especificou, no anúncio, que tipo de medidas seriam tomadas.O vice-presidente norte-coreano, Kim Yong Nam, afirmou que futuros testes nucleares dependerão "da política do governo americano".

Perigo. Perigo. Eu não quero guerra.

Thursday, October 12, 2006

''As mulheres estão muito masculinas''





Dê uma olhada neste blog, em um post chamado "machismo invertido". Nela, já dizia que o pensamento a respeito do asunto não só mais me pertencia, mas sim já era algo muito difundido. Surpresa pra mim, mas faz parte, é o inconsciente coletivo atuando. Bom, não é que agora mais uma opinião sustenta minha tese ? Essa entrevista foi dada à Caras. (Ele lê Caras ? Leio. Leio tudo que cai nas minhas mãos !)

A atriz, escritora e agora dramaturga fala que as mulheres não sabem o que querem
Maitê Proença está sempre se reinventando. Aos 48 anos, depois de ter feito 18 novelas, participado de 15 filmes, há dois anos essa paulistana radicada no Rio publicou um livro de crônicas, Entre os Ossos e a Escrita (Ediouro), e este ano escreveu uma peça, Achadas e Perdidas (em cartaz em São Paulo), onde interpreta 18 personagens. A produção, uma adaptação do volume de crônicas, é assinada por ela também. Maitê integra ainda o elenco do Saia Justa (GNT).
Mas engana-se quem pensa que tal acúmulo de trabalho traduz-se em pura alegria. "Não existe felicidade com excesso de atividade", disse ela, refém da ponte aérea Rio-São Paulo. Maitê precisa regularmente de pausas. "

Maitê deu algumas opiniões a respeito de determinados assuntos.
Mulher - "O que as mulheres querem elas não sabem. As mulheres estão muito masculinas. Já ganharam muito espaço. Agora é saber o que fazer com esse espaço. Talvez tenham de abrir mão de algumas coisas, porque você não consegue lidar com tanta atividade ao mesmo tempo. Nós abrimos muitas frentes. Está na hora de derrubar uma delas, por exemplo, para que se possa ser uma boa mãe de fato, e não uma boa mãe de revista. Porque as mulheres precisam, quando mães, sentir-se uma boa mãe. É um condicionamento muito forte da sociedade. Então, elas sabem intimamente que são umas mães de merda. Porque, no trabalho, ela precisa ser maravilhosa, ali é onde as pessoas a estão vendo. E ela sabe que, para que aquilo funcione, deixa de fazer em outro lugar. Então ela se sente muito mal com isso, só que esconde. A maternidade não aparece. O que aparece é na empresa, onde ela é uma grande pessoa, exuberante, inteligente, uma mulher incrível. Ali é aplaudida. Depois, quando o filho chega aos 23 anos cheio de traumas, essa mãe se pergunta: mas onde foi que eu errei? E ela sabe intimamente onde errou, por isso fica infeliz. Acho que antigamente as mulheres faziam concessões e havia mais nobreza. Não existe mais isso. As pessoas fazem tudo para se exibir.Quando se opta por esse caminho, você olha em volta e vê que está sozinha. Cadê o amor, será que ele agüentou lhe esperar? Quando chega em casa e se dá conta de sua solidão, ou você precisa de mais trabalho, ou ficar na internet, ou no telefone, ou saindo, botando uma saia mais curta do que seria adequado para sua idade e fazendo coisas para parecer que tem 23 anos. Será que não é hora de ficar em silêncio, lendo um livro, ou conversando com as pessoas desinteressadamente?"



Pausa para aplausos

Thursday, October 05, 2006

Quem vê cara ... não vê número !


É a marmelada institucionalizada !! Mas foi ótima a idéia, ah... se usassem tanta criatividade para solucionar problemas públicos !
O site oficial do PT publicou denúncia de que um suposto santinho com candidatos da coligação "União Por Pernambuco" --que reúne entre as legendas PMDB, PFL e PSDB-- tentou "enganar" eleitores no sertão de Pernambuco com o número de Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB, logo abaixo ao nome e foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT.
A denúncia, com fotos do panfleto, foi primeiramente veiculada no sie supramax.
Além do falso número de Lula, de acordo com a notícia, o santinho era uma "cola pronta" com fotos e números de candidatos da coligação --alguns já eleitos. Os nomes eram os seguintes: Osvaldo Coelho (PFL), ex-candidato a deputado federal; Geraldo Coelho (PFL), eleito deputado estadual; Jarbas Vasconcelos (PMDB), eleito senador; e o governador Mendonça Filho, candidato à reeleição pelo PFL.
Conforme apurou a Folha, a assessoria de imprensa de Mendonça Filho informou que teve conhecimento do panfleto por meio de Blog no "Jornal do Comércio de Pernambuco" e nega que tenha produzido o santinho. O comitê contesta ainda a existência do material.O advogado do presidente Lula em Brasília (DF), Márcio Luiz Silva, disse que será aberta investigação na Justiça Regional para apurar se realmente os panfletos foram distribuídos. Já o advogado de Alckmin, Ricardo Penteado, afirmou não ter tomado conhecimento do material e considerou a "história pouco crível". "É um absurdo que alguém tenha feito isso porque, na verdade, é espalhar propaganda do Lula", disse. Segundo o diretório nacional do PT, o comitê do partido em Pernambuco busca originais do material para denunciar a coligação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Mesmo com o suposto santinho, Lula obteve 70,93% dos votos válidos no Estado, contra 22,86% de Alckmin.

Tuesday, October 03, 2006

Heloísa com H maiúsculo !


Sim !!!! Esta ao lado é a Heloísa Helena !!! Essa mulher que pode-se dizer o que for, menos que Heloísa Helena é daquelas mulheres frágeis e fracas. A mulher é sim porreta, nordestina forte, alagoana de garra e fiquei profundamente bem ao saber que ela decidiu não apoiar nenhum dos dois candidatos que restaram à presidência. Não votei nela, mas seria minha segunda opção. Votei no Buarque. Mas HH receberia meu voto. Parabéns pela postura adotada, não se curvou na derrota, nas deixou seus ideais e seus pensamentos serem corrompidos. Não apóia nem Lula, nem Alckimin. Boa Heloísa ! Abaixo o que diz o site oficial da ex-candidata, um raio-x dela, as frases são ótimas !!


Raio X da guerreira
A senadora do PSOL, Heloísa Helena, participou da seção "De visual novo" de CLAUDIA e concedeu uma entrevista à editora Patrícia Zaidan. Na conversa descontraída, ela reviveu episódios da vida e revelou o que pensa sobre casamento, vaidade, mulheres na política e outros temas. Leia as opiniões da senadora e relembre frases marcantes que ela disse nos principais momentos da carreira.
Frases da senadora (que têm a cara dela)
"A frase não é minha, cito porque é ótima e verdadeira:
O poder não corrompe, mas revela o caráter das pessoas."(Janeiro 2006)

"Foi estranhíssimo para mim ser expulsa. Trata-se do primeiro caso de expulsão por fidelidade partidária." (Dezembro de 2003)

"Aquilo tomou um porre de uísque com o Delúbio na festa em que eles fizeram para comemorar a minha expulsão do PT e depois vem querer dar uma de amiga. Odeio gente falsa, cínica."(Sobre a senadora petista, Ideli Salvatti, em julho de 2005)

"Só tenho paciência para agüentar briga de criança com menos de 35 anos."(Sobre o embate entre os senadores Antônio Carlos Magalhães, o ACM, e Jader Barbalho. Outubro de 2000)

"Luiz Estevão não faz o meu tipo. Homem riquinho e ordinário eu vomito em cima."(Em resposta a ACM que espalhou que ela havia votado contra a cassação do senador Luiz Estevão por ter um caso com ele. Maio de 2001)

"É conversa de vadios em mesa de bar."(Referindo-se aos inimigos que disseram que ela protegera Luiz Estevão para honrar um acordo político com o senador Renan Calheiros. Maio de 2001)

"ACM sofre da síndrome de capitão-do-mato. Acha que pode arrastar as pessoas pela orelha como se fossem escravos. Comigo isso não funciona."(Junho de 2001)

"Prefiro ganhar inimigos pela franqueza do que conquistar amigos pela hipocrisia e pelos subterfúgios."(Junho de 2001)

"Tratei os boatos sobre mim como comportamento de homenzinhos desqualificados, sem coragem de fazer o debate franco na presença dos envolvidos."(Junho 2001)

"Sou agressiva e intolerante em alguns momentos, mas foi assim que cheguei aonde cheguei."(Julho de 2001)

"Os homens são muito bobos. Nós, mulheres, enxergamos uma celulite a quilômetros de distância. Eles são ludibriados com uma boa meia fina."(Dezembro de 2001)

"Isto aqui serve para cortar o pescoço de homem fofoqueiro, que não trabalha e vive falando da vida dos outros."(Empunhando um abridor de cartas em forma de espada ao então candidato à Presidência, José Serra, depois de saber que o tucano falara mal dela para FHC. Abril de 2002)

"Soube que o Serra disse que os homens do Congresso ficam intimidados quando eu falo, porque todos querem me namorar. Fiquei muito brava, com vontade de cortar a língua dele."(Explicando a fúria contra Serra. Abril de 2002)

"Em Alagoas, o PL é representado por colloridos, moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico."(Recusando-se a apoiar a aliança do PT com o PL, partido do então candidato a vice-presidente na chapa de Lula. Julho de 2002)

"A democracia sem justiça social não é democracia. É uma porcaria, uma farsa."(Agosto de 2002)

"Botar a bruxa na fogueira atenua as tensões internas do partido."(Dizendo-se bode expiatório na crise do governo com os radicais do PT, fevereiro de 2003)

"O camarada Jesus Cristo dizia: ou quente ou frio, o morno se vomita."(Prometendo um embate entre radicais e moderados do PT, em abril de 2003)

"Estou cansada de saber: o que ocorre é um vergonhoso balcão de negócios sujos, em que eles encham a pança de cargos, riqueza e poder."(Sobre os arranjos que o governo Lula teria feito para garantir a aprovação do relatório da reforma da Previdência Social. Agosto de 2003)

"Não somos a senzala do Planalto."(Reagindo à ameaça de expulsão do PT, em maio de 2003)

"Não posso aceitar que alguns delinqüentes da política nacional sejam aceitos no partido para garantir a base parlamentar, enquanto somos expulsos."(Prometendo lutar na comissão de ética do partido contra a sua expulsão. Maio de 2003)

"A reforma da Previdência só é aplaudida pelos gigolôs do FMI."(Junho de 2003)

"Me sinto supersenadora do PT. Não quero ser expulsa. Agora, o silêncio não dá bons frutos."(Julho de 2003)

"Olhe, eu só sou de briga lá. Aqui sou ternura."(Para um garçom que disse ser fã da fúria que ela encarna no Congresso)

"Grito mesmo, só assim para ser respeitada." (Agosto de 2005)

"Não compartilho da concepção preconceituosa e nojentinha que diz que o Lula é despreparado. Não tem nada a ver. Ele é competente. Só que mudou de lado, traiu."(Agosto de 2005)

"Eu não seria capaz, não. Eu sou capaz! Se tocar em um filho meu, pode ser senador, presidente da República, eu viro uma onça."(Novembro de 2005)

O que ela fala sobre...

Infância: "Nasci como nascem milhares de meninas brasileiras... marcadas para cumprir o destino do quartinho de empregada ou da venda do corpo por um prato de comida. Fui uma criança muito doente, diziam que eu morreria antes dos 7 anos, tinha asma, problemas renais, complicações para todos os gostos. Meu pai, Luiz, era funcionário público, morreu de câncer quando eu completei dois meses. Cosme, meu irmão mais velho, foi assassinado ainda menino. Ficamos eu, meu irmão, Hélio, e minha mãe. Filha de trabalhadores rurais, ela aprendeu a ler junto comigo. Minhas brincadeiras eram correr com cabras no sertão. Muitas vezes, pulava dos trens na cidade, brigava na rua e... apanhava em casa. Engolia meus medos e protegia os mais fracos. Era uma magrelinha sobrevivente! Canhota, tomava uns tapas na mão para aprender a usar a direita - minha mãe achava que eu morreria de fome se não fosse costureira e, como a indústria não fabrica tesouras para costureiras canhotas, eu estaria sem profissão."

Lições: "Em casa, dividíamos o pouco que tínhamos com os outros. Minha mãe tinha criado os irmãos no cabo da enxada, sabia o que era dificuldade. Era durona, não dava moleza, não: ensinou que honestidade estava em primeiro lugar. Ela bordava os vestidos das madames eu ficava encantada, queria usar parte daquelas continhas para fazer uma roupa para a minha boneca Suzi, velhinha e linda, que encontrei no lixo. Minha mãe não permitia, colocava as pedrinhas no saquinho para devolver."

Religião: "Católica. Numa fase da juventude, por influência dos amigos que eram ateus, andei dizendo que também era. Mas passou logo. Tive uma boa base nas leituras que fazia - por sugestão de padres e de freiras holandesas -- sobre as lutas do povo de Deus."

Casamento: "Casei duas vezes com pessoas que foram e são muito importantes na minha vida. Nunca aceitei casamento de mentira, de fachada. Aprendi que não adianta sofrer para preservar convenções medíocres. E logo cedo entendi que quando perdemos o coração de alguém, temos que deixá-lo seguir. No momento, não estou namorando, só tenho tempo para o trabalho, para os filhos e para PSOL."

Filhos: "Tenho dois meninos maravilhosos, meus amores. O Sacha está com 22, o Ian, com 19 anos. Não foi fácil carregá-los de um lado para outro, estudando, trabalhando... assumindo a lida da casa sozinha. Com meus pivetes vivi momentos de alegria inimagináveis, ao acompanhar desde a primeira palavra que pronunciaram ao primeiro amor. Com eles exercito a tolerância. Tento dar o exemplo de que devem abominar a mentira, o ódio, a corrupção. Quero que defendam os pobres, mas espero que busquem ajudar a humanidade de outra forma, bem longe da política. Como mãe, não quero que eles passem por tudo que passei."

Vaidade: "Se as pessoas se sentem bonitas com roupas maravilhosas, tudo bem. Não tenho nenhum moralismo farisaico contra nada. Estamos neste mundo para sermos felizes."

Casa: "Minha casa (um apartamento funcional em Brasília) está sempre cheia de amigos, de afilhados e de crianças. Adoro brincar com elas. Tenho muitos vasos de plantas, de orquídeas e faço coleção de imagens de São Francisco de Assis, o São Chiquinho."

Mulher na Política: "No mundo machista da política, a gente sente raiva e chora. Mas ali, as lágrimas nunca ajudam. É preciso decidir enfrentar ou não as regras dos homens. Eu prefiro enfrentá-las sem esconder o que sou. Argumento sem ter medo das línguas maldosas que condenam, movidas pela perversidade e pela inveja da liberdade da mulher. Muitos dos farsantes abraçam depois tentam ferir a minha honra pelas costas. Já padeci perseguições infames no Congresso. Hoje, tento diminuir o sofrimento, mesmo assim somatizo, adoeço. Mas estou bem, me trato com homeopatia."

PSOL: "Vamos nos afirmar como o partido capaz de realizar o que inspirou a vitória traída de 2002: a ruptura com o modelito neoliberal iniciado por Collor, consolidado por FHC e aprofundado por Lula. Estaremos do lado dos corações generosos que renascem todos os dias com o sol, em coragem e solidariedade e lutam para fazer deste país maravilhoso uma Pátria soberana, ética, igualitária e fraterna. Portanto, fé em Deus e fé na luta do povo."


Lazer: "Gosto de costurar com minha madrinha Glorinha. Faço as blusas que visto. Quando estou descansando em Alagoas, cuido dos meus bichos (dez cães da raça rottweiler) que ficam na casa do meu irmão, Hélio. Ouço casos e histórias contados pelos mais velhos da família, leio, ando de madrugada pela caatinga para ver a floração dos cactos. Também vejo o pôr-do-sol nas nossas praias e lagoas, ou o espelho da lua cheia no rio São Francisco. Coisas de sertaneja."

PV = Plutão !



Gosto do Gabeira. Desde quando decidiu abandonar o carro em protesto a alta do petróleo e começou a ir trabalhar na Câmara de bicicleta. E ainda mais agora, com o PV indo embora, perdendo poder partidário.


Protagonista da CPI dos Sanguessugas e do movimento que levou Severino Cavalcanti a renunciar à presidência da Câmara, Fernando Gabeira vai para o seu quarto mandato como o deputado federal mais votado do Rio: 293.057 votos. No entanto, terá a atuação limitada pela cláusula de barreira, que o PV não conseguiu cumprir.


Gabeira comparou o partido a Plutão, que deixou de ser planeta, "mas continua lá".

FOLHA - A que o senhor atribui sua votação?

FERNANDO GABEIRA - Inicialmente, à generosidade do povo do Rio. Mas, também, ao desejo de mandar um recado claro sobre a necessidade de combater a corrupção e de uma reforma política. Há a sensação de que as estruturas políticas estão apodrecidas. Se você observar a minha performance e a do Gustavo Fruet [que integrou a CPI dos Correios e mais votado no Paraná pelo PSDB], verá que a mensagem é convergente.
FOLHA - Por que ser deputado nessas estruturas?

GABEIRA - Para reformá-las. Eu trabalho com política internacional, direitos humanos e meio ambiente. Mas, há dois anos, percebi que, se não mudasse a minha linha, não ia poder desenvolver meu trabalho, a casa ia cair na nossa cabeça. O Congresso estava se aproximando de um ponto de ruptura com a sociedade. Só iriam sobreviver aqueles que compram votos. Aí fui para a guerra.
FOLHA - Como fica o PV agora?

GABEIRA - Fica como Plutão. Foi rebaixado, mas continua aí. No meu primeiro mandato, eu era o único deputado do PV. O Luís Eduardo Magalhães [ex-presidente da Câmara] me dava a palavra e falava: "O senhor pode orientar a sua bancada". Eu dizia: "Sou uma pessoa muito dividida". Uma das punições é não poder ser presidente de comissão. Mas eu nunca fui. Na CPI, sou suplente do suplente. O que define não é o cargo, mas a capacidade.
FOLHA - A não-eleição da maioria dos sanguessugas é uma vitória?

GABEIRA - Isso é bom, é positivo, e simplifica o trabalho da comissão. Ela tenderá a se preocupar menos com punir aquele deputado que não tem mais mandato e deixar que a própria Justiça se encarregue disso. No entanto, há outros problemas, como um chamado Maluf, que tem um processo na Justiça. É constrangedor, porque você está expulsando deputados que receberam R$ 15 mil, R$ 20 mil, e entra como mais votado pela outra porta um acusado de desviar US$ 260 milhões.
FOLHA - E como vê a não-eleição de Severino Cavalcanti?

GABEIRA - É a simplificação de um problema, já que o Severino está sendo processado no Supremo.
FOLHA - O sr. não pensa em se candidatar a prefeito ou governador?

GABEIRA - Eu tenho uma dificuldade por causa dos meus temas, que são sempre utilizados de uma forma negativa. Veja o caso do Sérgio Cabral [candidato a governador pelo PMDB]: fizeram um panfleto dizendo que ele que apóia o casamento gay. Não cogito a hipótese.
FOLHA - O sr. vai apoiar Alckmin?

GABEIRA - Há uma conversação em curso no PV no sentido de apoiar o Alckmin. Não vou propor o voto nulo, e possivelmente vou votar nele. Mas não me interessa entrar na campanha de ninguém. Eles estão sendo eleitos para governar, eu para fiscalizar. Eu me considero uma pessoa independente apoiando projetos que acho corretos e criticando os que não acho corretos.

Monday, October 02, 2006

Clodovil 493.951


O estilista e apresentador Clodovil não conseguiu superar o 1,5 milhão de votos de Enéas, mas não deixou de ser um fenômeno. O candidato do PTC foi o terceiro mais votado para a Câmara dos Deputados por São Paulo, com 493.951 votos (2,43%), e ajudou a eleger um correligionário. Com mais de 45 anos de carreira, já trabalhou em várias emissoras de TV – a última, a RedeTV!, demitiu o estilista em razão de desentendimentos com integrantes do programa Pânico. O apresentador ingressou na política este ano - as origens de seu partido remontam ao PRN, que elegeu Fernando Collor em 1989. Clodovil animou o horário eleitoral ao dizer que não é passivo e que, com ele, “Brasília nunca mais será a mesma”.

Ele já foi estilista, apresentador de TV, fez musical, teve câncer de próstata, foi operado.

Clodovil foi entrevistado. Como se sente?"Não tenho sensação nenhuma. Já tenho fama há muito tempo. É só um emprego a mais", disse ontem.Qual a primeira coisa que fará em Brasília? "Quero ser apresentado à minha sala, à minha mesa." Principais projetos? "Não tenho projetos. Não nasci lá dentro, vou ter de aprender tudo."Clodovil protagonizou alguns hits da eleição. Frases suas como "Não sou passivo" e "Sabe por que [o final do meu número] é 11? Porque 24 já era, agora é um atrás do outro" .

Bom, acho que Clodovil tem nas mãos uma grande chance. Já sei o que ele deveria fazer. Convocar uma entrevista e dizer o seguinte - "Me candidatei para provar para todos vocês brasileiros como vocês não sabem votar (seria uma frase bem típica da pessoa em questão). Eu não tenho a menor idéia do que farei em Brasília, não citei na minha campanha um único projeto para o Brasil, não expus nenhuma idéia sobre política durante a campanha. Nunca fui nem mesmo vereador e agora sou deputado federal. Sou responsável por elaborar leis, aprovar e desaprovar outras, e todas as minhas decisões pesarão positiva ou negativamente diretamente nas suas vidas. Parabéns !! Vocês acabam de provar o que sempre falei. Brasil é um povo sem cultura, que não sabe votar, prova disso é que eu fui eleito. Que saudades de Paris !"
Dá-lhe Clodovil ! Teria de ser muito macho pra fazer isso .. opa ! Esse é o problema !