Thursday, October 12, 2006

''As mulheres estão muito masculinas''





Dê uma olhada neste blog, em um post chamado "machismo invertido". Nela, já dizia que o pensamento a respeito do asunto não só mais me pertencia, mas sim já era algo muito difundido. Surpresa pra mim, mas faz parte, é o inconsciente coletivo atuando. Bom, não é que agora mais uma opinião sustenta minha tese ? Essa entrevista foi dada à Caras. (Ele lê Caras ? Leio. Leio tudo que cai nas minhas mãos !)

A atriz, escritora e agora dramaturga fala que as mulheres não sabem o que querem
Maitê Proença está sempre se reinventando. Aos 48 anos, depois de ter feito 18 novelas, participado de 15 filmes, há dois anos essa paulistana radicada no Rio publicou um livro de crônicas, Entre os Ossos e a Escrita (Ediouro), e este ano escreveu uma peça, Achadas e Perdidas (em cartaz em São Paulo), onde interpreta 18 personagens. A produção, uma adaptação do volume de crônicas, é assinada por ela também. Maitê integra ainda o elenco do Saia Justa (GNT).
Mas engana-se quem pensa que tal acúmulo de trabalho traduz-se em pura alegria. "Não existe felicidade com excesso de atividade", disse ela, refém da ponte aérea Rio-São Paulo. Maitê precisa regularmente de pausas. "

Maitê deu algumas opiniões a respeito de determinados assuntos.
Mulher - "O que as mulheres querem elas não sabem. As mulheres estão muito masculinas. Já ganharam muito espaço. Agora é saber o que fazer com esse espaço. Talvez tenham de abrir mão de algumas coisas, porque você não consegue lidar com tanta atividade ao mesmo tempo. Nós abrimos muitas frentes. Está na hora de derrubar uma delas, por exemplo, para que se possa ser uma boa mãe de fato, e não uma boa mãe de revista. Porque as mulheres precisam, quando mães, sentir-se uma boa mãe. É um condicionamento muito forte da sociedade. Então, elas sabem intimamente que são umas mães de merda. Porque, no trabalho, ela precisa ser maravilhosa, ali é onde as pessoas a estão vendo. E ela sabe que, para que aquilo funcione, deixa de fazer em outro lugar. Então ela se sente muito mal com isso, só que esconde. A maternidade não aparece. O que aparece é na empresa, onde ela é uma grande pessoa, exuberante, inteligente, uma mulher incrível. Ali é aplaudida. Depois, quando o filho chega aos 23 anos cheio de traumas, essa mãe se pergunta: mas onde foi que eu errei? E ela sabe intimamente onde errou, por isso fica infeliz. Acho que antigamente as mulheres faziam concessões e havia mais nobreza. Não existe mais isso. As pessoas fazem tudo para se exibir.Quando se opta por esse caminho, você olha em volta e vê que está sozinha. Cadê o amor, será que ele agüentou lhe esperar? Quando chega em casa e se dá conta de sua solidão, ou você precisa de mais trabalho, ou ficar na internet, ou no telefone, ou saindo, botando uma saia mais curta do que seria adequado para sua idade e fazendo coisas para parecer que tem 23 anos. Será que não é hora de ficar em silêncio, lendo um livro, ou conversando com as pessoas desinteressadamente?"



Pausa para aplausos

1 comment:

Anonymous said...

Ainda vivemos uma época onde as bolinha de gude estão se encaixando na travessa. Mas é sempre bom visualizar e ter um ideal como meta. Sempre rezando para que a vida nos permita fazer sempre o melhor já que cada caso é um caso.
Beijos
M